terça-feira, 2 de agosto de 2016

3º ano - Temas para trabalho: terceiro bimestre

Segue abaixo relação de temas e orientações para o trabalho bimestral.

Obs: O trabalho poder ser em grupo ou individual.

Trabalho em grupo - Socialização com a turma com suporte de mídias.
Trabalho individual - Metodologia científica.

DATA PARA ENTREGA E SOCIALIZAÇÃO
Primeira semana de setembro. 

TEMAS

- Falta de recursos hídricos - impacto e solução
- Manifestações políticas - potencialidade das redes sociais
- Mobilidade urbana - conflito dos diferentes públicos
- Preconceito racial - no meio esportivo e uso de palavras preconceituosas
- Conceito de família - guarda compartilhada
- Dengue, Zica e Chikungunya - combate e conscientização
- Estética e saúde - a busca pela perfeição
- Sustentabilidade - Política Nacional de Resíduos Sólidos
- Intolerância Religiosa - laicidade do Estado
- Liberdade de expressão e mídia
- Corrupção na FIFA
- Consumo de álcool e drogas por adolescentes
- Corrupção na Petrobras - etapas da operação Lava-jato
- Saúde pública no Brasil
- Movimentos sociais e protestos
- Álcool e direção

segunda-feira, 11 de julho de 2016

EXISTENCIALISMO

Estudantes do terceiro com base nas teorias existencialistas estão construindo saberes sobre a condição humana e a existência de Deus.

A palavra existencialismo designa um movimento filosófico e literário que apareceu na França nos últimos anos que antecederam a última guerra mundial.

Existencialismo é uma corrente filosófica e literária que destaca a liberdade individual, a responsabilidade e a subjetividade. O existencialismo considera cada homem com um ser único que é mestre dos seus atos e do seu destino.
http://www.philosophy.pro.br/existencialismo.htm 



1º Momento - Tecer um quadro com as ideias de Sartre, kierkegaard e heidegger.

2º Momento - Explanação realizado pelo professor

3º Momento - Assistir o filme:

 

Construir uma discussão em torno do filme e suas implicações existencialistas.  

domingo, 22 de novembro de 2015

Estética

ARTE E CULTURA DE MASSA

Há 200 anos, o mesmo Schiller que defendia a educação estética alertava:
O curso dos acontecimentos deu ao gênio do tempo uma direção que ameaça afastá-lo mais e mais da arte ideal. Esta precisa abandonar a realidade e elevar-se, com decorosa ousadia, para além da necessidade, pois a arte é filha da liberdade e quer ser legislada pela necessidade do espírito, não pela carência da matéria. Hoje, porém, a carência impera e curva em seu jugo tirânico a humanidade caída. O proveito é o grande ídolo do tempo; quer ser servido por todas as forças e cultuado por todos os talentos. Nesta balança grosseira o mérito espiritual da Arte não pesa, e ela, roubada de todo estímulo, desaparece no ruidoso mercado do século.
SCHILLER, Friedrich. Sobre a educação estética, p. 35.
Apesar de escrita há cerca de dois séculos, essa observação de Schiller é, mais do que nunca/ atual. O autor considera que há uma arte ideal, cuja função seria servir à necessidade do espírito humano e não ao "mercado do século", ou seja, aos interesses econômicos que determinam o que pode e deve ser feito para atender à demanda de mercado.
Schiller está se referindo a um fenômeno contemporâneo que já despontava à sua época: a indústria cultural, ter­mo cunhado por Adorno.
De acordo com Adorno, também a arte e os bens culturais estão submetidos aos interesses do mercado e, dessa for­ma, não passam de negócios, como qual­quer outro produto. O cinema produzi­do nos Estados Unidos, por exemplo, é em grande medida uma vitrine para vender mercadorias.
Os personagens principais de seus filmes são objetos, são os produtos de tecnologia de ponta. Já foram os automóveis, os jeans, hoje são os computa­dores e seus painéis mágicos. O enredo é apenas um pretexto para vender produtos.
JABOR, Arnaldo. Mr. Daley foi à festa do Oscar brasileiro. Folha de S. Paulo, 15 fev. 2000.
A indústria de lazer e divertimento investe em determinados produtos cul­turais que agradam às massas de forma imediata. Ela não está preocupada com uma educação estética, ou seja, com a criação de condições para que a maioria das pessoas possa receber manifestações artísticas de maior qualidade. A indústria cultural lucra mais com investimentos baratos e com produções artísticas (músicas, filmes etc.) de pouca qualidade e de entretenimento fácil, que não trazem para o público nenhum enriqueci­mento pessoal e nenhuma contribuição ao questionamento das coisas, à reflexão.
É a indústria do simples divertimento, da distração e, por isso mesmo, da perpetuação das atuais condições de existência. Indústria que pela difusão de suas "mercadorias culturais" (filmes, músicas, shows, revistas) vende os valores dominantes do capitalismo, promovendo uma "colonização do espírito" dos consumidores desses produtos.
Assim, a indústria cultural cria a cultura de massa, ou seja, cultura desti­nada às massas. Isso não tem nada que ver com cultura popular, que seria a cultura própria e espontânea de um povo, refletindo as suas particularidades regio­nais e recuperando a tradição e os valo­res autênticos de um dado grupo. A cultura de massa, ao contrário, homogeniza as manifestações artísticas ao oferecer à exaustão um determinado fenômeno de venda e veicular sempre o mesmo, o que desestimula o espírito inovador e empo­brece o cenário cultural.
Embora Adorno tenha retratado com pessimismo o cenário cultural contemporâneo ao apontar como a tecnologia de comunicação perverte o sentido da arte ao transformar tudo em negócio, ele re­servou ainda uma esperança na existên­cia de uma arte verdadeira que não sucumba aos ditames do mercado.
Seria uma arte que não acoberta a realidade, que não é fuga da realidade, mas sim a expressão sensível e crítica de uma realidade que pode se tornar mais humana. Apesar do embotamento da sensibilidade e do sufocamento da arte pela indústria cultural, a arte conseguirá assim sobreviver.
ANÁLISE  E  ENTENDIMENTO
Conceito de estética e filosofia da arte
            1.   O que podemos entender por estética? Explique
2. O que quer dizer o termo indústria cultural? 
3. Qual a diferença entre cultura de massa e cultura popular?
4. O que desestimula o espírito inovador e empo­brece o cenário cultural?
5. Como SCHILLER considera a arte?
6. O artista determina funções para sua arte: busque na internet imagens que
 represente: política, religiosa, pedagógico, naturalista e formalista. 

domingo, 22 de março de 2015

ATIVIDADE HUME e KANT

  • Para o Empirismo, nosso conhecimento começa sempre com a experiência. As sensações formam percepções.

  • Para Kant o esclarecimento  é a saída do homem da condição de menoridade.
CARO ALUNO SIGA AS ORIENTAÇÕES E BOM TRABALHO:

1º - Leia as duas metáforas e relacione com o texto: Que é esclarecimento? estudado em sala de aula p. 265.

Essa atividade deve ser postada no blog em COMENTÁRIOS.
Não esqueça de colocar o nome dos integrantes de sua equipe e série.

2º - Assim que seu colega chegar da experiência, abra o link abaixo e responda o que se pede:

https://docs.google.com/forms/d/1NQk2mRqrqRjoXSvNknZphs9drsC43ppuGHHA31EvZQE/edit#

METÁFORA 1

Metáfora do Coelho Branco - O Mundo de Sofia ( Jostein Gaarder) p. 26.
" Nós, que vivemos aqui, somos os bichinhos microscópicos que vivem na base dos pêlos do coelho. Mas os filósofos ( os sábios) tentam subir da base para a ponta dos finos pêlos, a fim de poder olhar bem de dentro dos olhos do do grande mágico"

O coelho branco não sabe que esta participando de um truque...Conosco é diferente. Sabemos que estamos fazendo parte de algo... e gostariamos de explicar...


METÁFORA 2

Metáfora - A Roupa Nova do Rei - O Rei está nu.




Hans Christian Andersen

Versão livre:

Alfredo Braga

               Era uma vez um Rei que apreciava de tal maneira roupas novas que despendia com elas grandes fortunas. Ele não se importava com as bibliotecas, com as escolas, ou com os museus, a não ser para exibir as suas roupas. Para cada hora do dia vestia uma diferente. Em vez de o povo dizer: Ele está em seu gabinete de trabalho, dizia: Ele está em frente ao espelho no seu quarto de vestir. Mesmo assim a vida cultural era muito movimentada naquele reino que postulava ser de primeiro mundo.


Um dia foram contratados, pela Fundação Cultural do Reino, vários curadores e artistas, e entre eles dois que se apresentavam como estilistas-tecelões e que se gabavam de costurar os mais belos trajes com os mais belos tecidos do mundo. Segundo eles, não só os padrões, as tramas e as cores dos modelos eram belíssimos, mas os tecidos fabricados por eles tinham a infalível virtude de ficarem completamente invisíveis para as pessoas dissimuladas, ou as incompetentes, ou as destituídas de inteligência.

— "Essas roupas com esses tecidos serão maravilhosas." — pensou o Rei — "Usando-as poderei descobrir quais pessoas são falsas, ou que não estão em condições de ocupar cargos, e então poderei substituí-las por outras... Mandarei que fabriquem muitas peças desse tecido para mim..."

Fez um adiantamento em moedas de ouro para que começassem a trabalhar imediatamente. Os estilistas então encomendaram uma grande quantidade de bobinas e carretéis dos mais caros fios de seda e fios de ouro (que escamotearam sorrateiramente e guardaram em seus baús enquanto simulavam trabalhar nos teares vazios) e começaram a tecer, mas nada havia na urdidura ou nas lançadeiras.

Depois de alguns dias, o Rei estava ansioso e andava de um lado para o outro enquanto procurava se distrair com algum casaco ou chapéu do qual ainda não estivesse muito enjoado, ou que ainda estivesse na moda.

 Eu quero saber como vai indo o trabalho dos tecelões. — dizia o Rei, mas andava vagamente pensativo e preocupado... Ele não tinha propriamente dúvidas sobre a sua honestidade e inteligência, mas achou melhor mandar outra pessoa ver o andamento do trabalho.

Todos na cidade também já tinham ouvido falar no poder maravilhoso do tecido, e cada um estava mais ansioso para saber quem era o mais falacioso e burro entre os seus vizinhos.

— "Mandarei o Primeiro Ministro observar o trabalho dos estilistas-tecelões; ele verá o tecido, pois é inteligente e desempenha as suas funções com perfeição." — cavilou o Rei.

Mandou chamar o Primeiro Ministro e ordenou que fosse ao salão (onde os dois charlatães simulavam trabalhar nos teares vazios) saber do tecido.

— "Deus me acuda!" — pensou o Primeiro Ministro, arregalando os olhos quando lhe mostraram o tear. — "Não consigo ver nada!" — no entanto teve o cuidado de não dizer isso em voz alta.

Os tecelões o convidaram a aproximar-se para verificar como o padrão da trama estava ficando bonito e apontavam para os teares. O pobre homem apertava a vista o mais que podia, tirava e punha os óculos, mas não conseguiu ver coisa alguma.

— "Céus!" — pensou ele — "Será possível que eu seja tão fingido e incompetente? Bem, ninguém deverá saber disto e não contarei a ninguém que não vi o tecido."

 Vossa Excelência nada disse sobre o tecido... — queixou-se um dos estilistas.

 Ah, sim. É muito bonito. É encantador! — respondeu o Primeiro Ministro, limpando os óculos com um lenço de cambraia de linho — O padrão é lindo e as cores são de muito bom gosto. Direi ao Rei que me agradou muito.

 Estamos encantados com a vossa opinião, Senhor Primeiro Ministro. — responderam os dois ao mesmo tempo, e iam descrevendo as cores e a trama especial daquele pano tão caro. O Primeiro Ministro prestou muita atenção a tudo o que diziam para poder depois repetir diante do Rei.

Os estilistas pediram mais dinheiro, mais seda e mais ouro para prosseguir com o trabalho e, como das outras vezes, puseram tudo em seus baús e continuaram fingindo que teciam.

Poucos dias depois o Rei enviou o Ministro da Cultura e das Artes para olhar o trabalho e saber quando ficaria pronto. Aconteceu-lhe como ao Primeiro Ministro: Olhou, olhou, tornou a olhar, mas só via os teares vazios.

 Não é lindo o tecido? — indagavam os tecelões, e davam-lhe as mais variadas explicações sobre a trama, o padrão, os brilhos, as cores.

— "Eu penso que não sou muito desonesto..." — refletiu o Ministro da Cultura e das Artes — "e nem estúpido... Se fosse assim, não teria chegado à altura do cargo que ocupo... Que coisa estranha!..."

Pôs-se então a elogiar as cores e o desenho, e mais tarde, não só como Ministro mas como Curador de exposições de artistas e fotógrafos, comunicou ao Rei:

 É um trabalho sublime... em seus aspectos de inconcretude material... hã... uma obra-prima em sua fundamentalidade semântica... e visualidade sígnica... hã... o imagético e o invisível se fundem num todo de... hã... expectativas estético-formais... neste simulacro crítico... se percebe a função... hã... as funções, semióticas... da transcendente imaterialidade da arte...

E já completamente tomado:

 Assim, neste procedimento referencial do não-objeto... hã... em sua virtual vacuidade... o deslocamento do olhar... em sua intensa... hã... re-significação... a obscurecer ao limite extremo... toda e qualquer possibilidade de reflexão perceptiva... hã... insere-se nesta vertiginosa... pós-modernidade... hã... Mas, por outro lado... o discurso estético... das poéticas da segunda metade do século XX ... hã...

O Rei teve de o interromper:

 Está bem, já compreendi.

A cidade inteira só falava nesse deslumbrante tecido, de modo que o Rei resolveu vê-lo enquanto estava nos teares. Acompanhado por um grupo de cortesãos e cortesãs, entre os quais os Ministros que já tinham ido ver o prodigioso pano, e curadores e artistas convidados, lá foi ele visitar os ardilosos tecelões. Eles estavam trabalhando mais do que nunca nos teares vazios.

 Veja, Vossa Alteza Real, que delicadeza de desenho! Que combinação de cores! — balbuciavam os altos funcionários do Rei enquanto apontavam para os teares vazios e os curadores desenvolviam os seus discursos. — Ofuscante... Estonteante... — suspiravam as cortesãs.

O Rei, que nada via, preocupado pensou: — "Serei eu o único cretino e não estarei em condições de ser o Rei? Nada pior do que isto poderia me acontecer!" — então, em alto e bom tom, declarou:

 Muito bom! Realmente merece a minha aprovação!

Por nada deste mundo ia confessar que não tinha visto coisa alguma. Todos aqueles que o acompanhavam também não conseguiam ver o tecido, mas exclamavam em prolongados murmúrios:

 Oh! Deslumbrante... Magnífico... — e aconselharam ao Rei que usasse a roupa nova por ocasião da parada anual que ia se realizar daí a alguns dias. O Rei até concedeu a cada tecelão-estilista a famosa Comenda das Artes e o nobre título de Cavaleiro Estilista-Tecelão.

Na noite que precedeu o desfile, os charlatães tecelões fizeram serão. Iam acendendo todas as lâmpadas do atelier para que todos pensassem que estavam trabalhando à noite para aprontar os trajes do Rei. Fingiam tirar o tecido dos teares, cortavam a roupa no ar com um par de tesouras muito grandes e coseram-na com agulhas sem linha. Na manhã do dia seguinte disseram:

 Agora, a roupa do Rei está pronta.

Sua Majestade, acompanhado dos cortesãos, veio provar a roupa nova. Os estilistas embusteiros fingiam segurar alguma coisa e diziam:

 Aqui estão as calças, aqui está o casaco e aqui o manto. Estão leves como teias de aranhas; até parece que não há nada cobrindo o Rei, mas aí é que está a rara e fina qualidade deste modelo e deste tecido.

 Sim! — concordaram todos, embora nada estivessem vendo.

 Poderia Vossa Majestade despir-se? — pediram os impostores. — Assim poderemos vestir-lhe a roupa nova.

O Rei despiu-se e eles fingiram vestir-lhe peça por peça. Sua Alteza Real virava-se para lá e para cá, olhando-se ao espelho (vendo sempre a redonda imagem de seu corpo nu).

 Oh! Como lhe assentou bem o novo traje, Alteza! Que lindas cores! Que bonito padrão! — diziam todos com medo de caírem no ridículo e perderem os altos cargos se descobrissem que não viam nada. Entretanto o Mestre de Cerimônias anunciou:

 A carruagem está esperando para conduzir Vossa Majestade.

— Estou quase pronto. — respondeu o Rei.

Mais uma vez virou-se solenemente em frente ao espelho, com o rosto erguido sobre o ombro, numa atitude de quem está mesmo apreciando alguma coisa.

Os pagens que iam segurar a cauda do manto, inclinaram-se como se fossem levantá-la e foram caminhando com as mãos à frente, sem dar a perceber que não estavam vendo roupa alguma. Durante o desfile o Rei ia caminhando cheio de pompa à frente da carruagem. O povo nas calçadas e nas janelas, também não querendo passar por tolo, ou mentiroso, exclamava:

 Que caimento tem a roupa do Rei! Que manto majestoso! E que brilhante tecido!

Nenhuma roupa do Rei jamais recebera tantos elogios! Entretanto um menino que estava entre a multidão, achou aquilo tudo muito estranho e disse:

 Coitado do Rei... Está nu!

Os homens e as mulheres do povo, conhecendo que o menino não era nem falso e nem tolo, começaram a murmurar... e logo a seguir, como numa onda, em altos brados repetiam:

 O Rei está nu! O Rei está nu!

O Rei, ao ouvir aquelas vozes do povo, ficou furioso por estar tão ridículo! O desfile entretanto devia prosseguir, de modo que se manteve imperturbável e os pagens continuavam a segurar-lhe a cauda invisível.

Depois que tudo terminou ele voltou ao Castelo Real de onde nunca mais pretendia sair. Mas, como sempre acontece, uma semana depois o povo já havia esquecido o escândalo, e os funcionários do reino seguiam como se nada houvesse acontecido: Os cargos continuavam a ser distribuidos entre as mesmas duas ou três famílias e seus agregados; os impostos sonegados; o desvio de verbas continuava em alta, enfim, tudo voltou ao normal.

Quanto aos dois estilistas-tecelões, desapareceram misteriosamente levando o dinheiro, os fios de seda e o ouro. Meses depois um viajante contou que eles haviam pregado o mesmo golpe em outro pequeno reino, onde os cidadãos também andavam de nariz empinado, cheios de soberba e afeitos às pequenas e às grandes hipocrisias.


terça-feira, 10 de março de 2015

Curso de Prevenção do uso de Drogas

Sendo o tema drogas uma das mais importantes problemáticas da contemporaneidade, com impactos em várias áreas da vida social. O professor Paulo Roberto Stelzner buscou através do curso se aperfeiçoar com o intuito de trabalhar na prevenção do uso de drogas e outros comportamentos de risco no contexto escolar.



sexta-feira, 7 de novembro de 2014

Dicas de temas para redação no ENEM 2014


O suspense em torno do tema da redação é uma presença constante no cotidiano estudantil. Seja no convívio familiar, ou na escola e também no cursinho preparatório, o candidato sempre tem o exame de produção textual na mente e nas conversas. O professor esta torcendo por sua vitória.

De acordo com suas tradições, o Enem costuma abordar assuntos realmente importantes e atuais no cenário brasileiro. Com a intenção de ajudar a mapear os preparativos e estudos dos candidatos ao exame, Segue 10 assuntos que podem servir de tema para a redação do Enem 2014:

1 – Marco Civil da Internet: a Lei nº 12.965, de 23 de abril de 2014 determina os direitos e os deveres de todos os cidadãos brasileiros conectados à Internet, incluindo órgãos governamentais, empresas de tecnologia e os responsáveis por serviços de e-mail, sites, redes sociais, etc. Uma análise acerca das vantagens e desvantagens desta controversa lei pode ser pedida no exame.

2 – Bullying nas escolas: entende-se por bullying as práticas premeditadas de ofensas verbais, assédios morais e agressões físicas. É elevada a incidência diária de reportagens e notícias relatando casos de tais atrocidades nas escolas e até em universidades de todo país. Como tema de redação, o Enem pode sugerir a elaboração de um plano para combater e extinguir este comportamento funesto.

3 – Desigualdade de gêneros no Brasil: De acordo com o " Índice Global de Desigualdade de Gênero 2013", o Brasil ocupa a 62° posição em um ranking de 136 países. Diante desta condição, conclui-se que ainda existem diferenças abissais entre homens e mulheres. Os elaboradores do Enem podem cobrar uma redação que discorra sobre movimentos orientados à causa feminina, como a "Marcha das Vadias" ou as atuações do "FEMEN".

4 – A influência do consumismo e o poder da ostentação: os chamados "rolezinhos" viraram febre nacional neste primeiro semestre de 2014, o 'Funk Ostentação' se consolidou como um estilo musical brasileiro, e os jovens da periferia buscam estar em sintonia com a moda. O Enem pode solicitar uma produção sobre as maneiras como a mídia se comporta diante da discussão em torno do consumismo e da ostentação, que, definitivamente, integram os anseios de parcela da população que, cada vez mais, busca ter voz ativa.

5 – Legalização da maconha: além do nosso vizinho, o Uruguai, os estados norte-americanos de Washington e Colorado liberaram o uso da maconha. A pouca eficiência do combate ao tráfico de narcóticos em geral, principalmente na América Latina, é uma realidade diariamente confirmada nos noticiários. Desta forma, um texto reflexivo sobre as possibilidades de o Brasil também liberar o consumo da droga pode vir a calhar.

6 – Manifestações populares: ao longo da segunda metade de 2013, o Brasil foi palco de diversas manifestações populares. O clamor popular, no entanto, veio acompanhado de um elevado índice de vandalismo. O exame pode solicitar uma discussão, com abordagem focada nas questões que envolvem as maneiras de como se deu o tal despertar do "gigante", proclamado no mote da juventude.

7 – 50 anos do Golpe de 1964: temido por muitos e ainda defendido por alguns, os "anos de chumbo" da história contemporânea do Brasil deixaram um legado polêmico. Uma redação sobre os reflexos desta efeméride na sociedade brasileira é um tema interessante para a próxima edição do Enem.

8 – Eleições de 2014: mesmo que ainda não seja totalmente oficial, a atual corrida presidencial do Brasil é uma das mais polêmicas da história. Os principais concorrentes ao cargo não estão nos palanques, mas já travam guerras midiáticas, sobretudo na Internet. As estratégias e posições demonstradas pelos candidatos nas redes sociais não deixam de ser uma ótima pedida para o exame.

9 – Grandes eventos esportivos no Brasil: Nos anos 2014 e 2016, o Brasil sediará Copa do Mundo e Jogos Olímpicos, respectivamente, dois dos eventos mais importantes do esporte. Uma discussão sobre as vantagens e legados que tais eventos deixam para os países que os sediam pode ser o tema da redação.

10 – Tecnologia como ferramenta de educação: na era da Internet 2.0, as plataformas digitais estão cada vez mais presentes nos processos de ensino-aprendizagem. É imensa a quantidade de aplicativos para smartphones, cursos online e sites orientados à prática do e-learning, isto é, o aprendizado à distância. Será que os recursos tecnológicos garantem um aprendizado tão eficaz quanto as aulas presenciais? A prova de produção textual do Enem pode querer saber o posicionamento dos candidatos sobre essa questão.

Não há garantias de que um dos temas listados acima seja, de fato, o eleito pela equipe de elaboração de provas do Enem. Para garantir um bom aproveitamento na prova de redação, o candidato deve manter-se atualizado em relação às pautas que tratam de aspectos sociais do Brasil, praticar a escrita constantemente e deixar os "achismos" fora de cogitação.


 

domingo, 19 de outubro de 2014

Sociedade dos coronéis

Caro estudante, estamos iniciando um estudo sobre a sociedade brasileira a partir da década de 1940, isto é, quando o Brasil era comandado pela sociedade oligárquica.

1º - Para iniciar nossos estudos defina Oligarquia.
2º - Leia um trecho da obra de Jorge Amado - Gabriele Cravo e Canela que segue abixo e em seguida escreva em seu caderno com base no trecho do livro, como Jorge Amado representou a sociedade da época nesse romance.
3º - Faça um estudo sobre as duas grandes revoltas ocorridas no campo na República Velha: CANUDOS E CONTESTADO.
a) Onde ocorreu?
b) Quem foram os líderes?
c) Qual é o contexto socioeconômico das revoltas?
d) Por que as revoltas foram consideradas messiânicas?
e) Cite uma revolta que ocorreu na cidade na República Velha.


GABRIELA CRAVO E CANELA
 
Gabriela Cravo e Canela, livro que retrata a sociedade ilheense do início do século XX de forma bem realista. Principalmente quando se fala de política.
Jorge Amado, conta no livro, o domínio do Coronel Ramiro Bastos, e mostra, de uma forma interessante a realidade da política do país: O Coronelismo. Feito para manter as grandes famílias da sociedade no poder, o coronelismo, vencia, devido ao chamado Voto de Cabresto.
O voto de cabresto, era chamado assim pelo fato dos coronéis conseguirem votos, por medo dos cidadãos, ou por favores. Exatamente o que aconteceu na cidade de Ilhéus, onde Ramiro Bastos chegou ao poder logo após as disputas pela Mata de Sequeiro Grande - Terras do Sem fim - , graças ao apoio do governador Seabra, e continuou desde então. Fato citado na passagem a seguir:

O coronel Ramiro Bastos contemplava tudo aquilo como se fosse propriedade sua. E assim o era um pouco, pois ele e os seus governavam Ilhéus desde muitos anos.

O coronelismo imperava no Brasil inteiro, e concedia aos governantes o direito de agir apenas no que os interessava. Não cumpriam com suas verdadeiras obrigações e mascaravam com pequenos atos, que lhes beneficiassem. Exatamente como o o coronel Ramiro Bastos, agia apenas na estética da cidade, sendo contra tudo que pudesse lhe ameaçar ou fosse contra seus princípios, como o jornal e o Clube Progresso.

Gostava de ver a cidade limpa ( e para isso fizera a Intendência adquirir caminhões), calçada, ajardinada, com bons serviços de esgotos. [...]Mantinha-se, por outro lado, obstinadamente surdo a certos problemas, a reclamações diversas: criação de hospitais, fundação de um estádio municipal.[...] Torcia o nariz ao Clube Progresso e nem queria ouvir de dragagem da barra.

Apesar dessa falta de compromisso, os coronéis continuavam no poder, algumas vezes, por falta de conhecimento crítico da população, outras, pelo medo que o povo tinha. Contudo, muitas vezes, era por falta de oposição capaz de vencer o governo do cacau, como acontecia em Ilhéus, já que, Ramiro Bastos mandava, todos seguiam, e nenhuma pessoa tinha coragem para enfrentá-lo.

E como a oposição estava reduzida a pequeno grupo de descontentes sem força e sem maior expressão, o coronel fazia quase sempre o que queria, com um supremo desprezo pela opinião pública.

A hegemonia da República Café com Leite assim como a de Coronel Ramiro Bastos durou bastante tempo, mas foi derrotada, ao final da história.

( Passagens do livro retiradas das páginas: 73, 74.)